13% têm ficha suja na Justiça
Diário do Nordeste | 1 de julho de 2008
Brasília. Pelo menos 89 dos 709 vereadores das capitais brasileiras estão com problemas na Justiça ou foram punidos pelos Tribunais de Contas. De acordo com o levantamento do site ‘‘Excelências’’, da ONG Transparência Brasil, o número corresponde a 13% do total. Mas o número pode ser maior, já que em Tribunais de Contas e Tribunais de Justiça de alguns estados não é possível ter acesso, pela internet, a informações sobre processos. Os dados estão no site do Excelências (www.excelencias.org.br), projeto que já conta com informações de todos os vereadores das 26 capitais de estado.
As últimas Câmaras incluídas no site foram as de Boa Vista (RR), Macapá (AP) e Porto Velho (RO), que sequer possuem site na internet. Apesar da dificuldade para se ter acesso a informações na maioria das Câmaras municipais, o projeto Excelências vai monitorar o comportamento de seus ocupantes. São mais de 2,2 mil parlamentares brasileiros constantes no site.
Muitos desses parlamentares serão candidatos em outubro, por isso é importante que o eleitor recolha informações sobre esses políticos, para conhecer melhor quem pedirá seu voto. No projeto Excelências, cada parlamentar tem uma ficha, onde há dados como processos na Justiça, citações em matérias jornalísticas sobre corrupção e perfil do financiamento eleitoral.
As Câmaras municipais de Goiânia, onde 32% dos vereadores são réus ou foram punidos por Tribunais de Contas, e Porto Velho (25%) são as que contam com a maior parcela de vereadores com problemas na Justiça. Em seguida vêm São Paulo, João Pessoa e Manaus. Nessas três cidades, 24% dos vereadores têm a ficha suja.
Outras três Câmaras de capitais contam com ao menos 15% de seus integrantes nessa categoria: Belém, Palmas e Boa Vista. Onze Câmaras têm menos de 10% de seus integrantes com problemas na Justiça. Porém, em quatro desses locais (Macapá, Teresina, Aracaju e Maceió), é dificultado o acesso ao respectivo Tribunal de Justiça ou Tribunal de Contas. Portanto, o número de ocorrências pode ser maior no caso dos vereadores destas cidades.
Monitoramento do Pacto
A plataforma de monitoramento do pacto acompanha e orienta o cumprimento do acordo assinado pelas organizações signatárias.