O Dia Internacional contra a Corrupção, celebrado no dia 9 de dezembro, é uma referência à assinatura da Convenção das Nações Unidas contra Corrupção, ocorrida na cidade mexicana de Mérida, em 9 dezembro de 2003, quando 112 países assinaram a Convenção, que entrou em vigor no dia 14 de dezembro de 2005.

A data é lembrada e comemorada em todo o mundo, tal a importância mundial da luta contra a corrupção. Em Bangladesh, por exemplo, o evento com o slogan "Levante-se para prevenir a corrupção" contou com o envolvimento de mais de 50 organizações em comemoração antecipada para o dia 04 de dezembro. Além disso, haverá eventos organizados na Colômbia, Bulgária, Indonésia, Irã, Japão, Quirguistão, Montenegro, Nigéria, Paquistão, África do Sul, Togo e Zâmbia. No Brasil, a Controladoria-Geral da União (CGU) realizará eventos comemorativos ao Dia Internacional Contra a Corrupção.

A celebração desta data tem como objetivo sensibilizar, mobilizar e qualificar cidadãos, governos e o setor privado com vistas a uma atuação cidadã em prol da correta aplicação dos recursos públicos. Assim como governos e cidadãos, o setor privado desempenha um papel importantíssimo para prevenção e combate à corrupção.

O fenômeno da corrupção não afeta somente governos. Ao contrário, a corrupção afeta, indistintamente, a legitimidade das instituições públicas, cidadãos, entidades públicas e instituições privadas, provocando a concorrência desleal, impactando negativamente o crescimento econômico e afugentando novos investimentos. Cerca de 25% das companhias brasileiras alegam ter um custo entre 5% e 10% de seu faturamento com o pagamento de propinas. E aproximadamente 70% delas gastam até 3% com a prática ilegal. Além disso, segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a corrupção direta no Brasil promove perdas anuais na ordem de US$ 3,5 bilhões. Além dos milhões de reais desviados dos cofres públicos e consumidos em propinas todos os anos, a corrupção custa ao Brasil cerca de US$ 750 milhões por ano em perdas indiretas. Esse é o total de recursos que deixam de ser gerados por causa dos efeitos da corrupção sobre os investimentos, os gastos do governo, a inflação, a educação e a credibilidade do País.

Neste sentido, empresas comprometidas com a promoção da ética e da transparência em seu ambiente institucional, determinadas a propagar boas práticas de ética empresarial e cientes de que a erradicação das práticas ilegais, imorais e antiéticas depende de um esforço dos agentes econômicos socialmente responsáveis para envolver em tais iniciativas um número cada vez maior de empresas e organizações civis, são indispensáveis na luta contra corrupção. O Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção foi firmado em 2005 por empresas comprometidas com o desenvolvimento de um ambiente de integridade público e privado.

No dia 9 de dezembro faça valer a assinatura do Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção: comemore, participe ativamente da luta contra a corrupção e ajude a promover a ética e a transparência na sua empresa!

GRUPO DE TRABALHO DE EMPRESAS DE COMBATE À CORRUPÇÃO - INSTITUTO ETHOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO