Empresas também serão investigadas

Se ficar confirmada a prática de crime por parte dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estará certa a participação de empresas no mesmo caso. Elas, no entanto, ainda não foram identificadas. Serão levantadas a partir de diligências. “O quinto preso (em Ibaté) é sócio de uma empresa de consultoria. Ele seria o elo entre os auditores e essas empresas”, explica o procurador da República, Fábio Bianconcini de Freitas.

Caso sejam apontadas no curso do processo, podem figurar como rés pela prática de corrupção ativa, assim como o próprio sócio contador. O inquérito seguirá pela PF em Bauru, que aguarda cópia da documentação da Superintendência da PF em São Paulo. Ontem, os cinco presos foram ouvidos na delegacia da PF em Bauru. Após as oitivas, dois suspeitos foram conduzidos para a cadeia pública de Duartina, um para a de Gália e outro para a de Barra Bonita.

“Um deles já possui outras acusações e foi condenado por ato de improbidade administrativa”, explica Freitas. Na casa dos acusados, onde a PF esteve logo após as 6h de ontem, as equipes apreenderam documentos, que serão examinados também em Bauru. Caso haja necessidade de perícia, serão encaminhados a São Paulo. Já o dinheiro apreendido foi depositado numa conta separada, à disposição da Justiça e vinculada ao processo, na Caixa Econômica Federal.

Ao todo, participaram da operação em Bauru 20 policiais federais, contando com o reforço de São Paulo e Marília. Como não houve resistência, o uso de algemas não foi necessário.