Fraudes em licitações levantam suspeitas em 79 obras no Rio

Ao longo das investigações em cima do cartel de licitações de obras, montado por 12 empresas do ramo da construção civil para fraudar obras públicas, agentes do Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NUCC-LD) da Polícia Civil levantaram suspeitas em cima de 79 obras.

Um relatório revela que, entre 2000 e 2008, somente em serviços realizados para a Polícia Civil, quatro dessas empresas conseguiram abocanhar contratos que ultrapassaram os R$ 3,158 milhões.

A que mais ganhou foi a JOBrasil Reformas e Serviços Ltda, que em menos de três anos, entre 2004 e 2007, embolsou R$ 1.028.659,36 em seis trabalhos diferentes. Somente o reparo do esgoto da sede da Polinter, na Praça Mauá, custou R$ 148.608,75. E até hoje o problema continua.

Em 2007, foram gastos mais R$ 337.036,15 em reparos no prédio do IML, que de tão antigo acabou abandonado. Recentemente, a unidade se mudou para São Cristóvão.

A CH&T Empreendimentos Ltda conseguiu contratos de R$ 1.020.893,05 em sete obras. A que mais chama a atenção é a de reparação do IML de Niterói, que custou R$ 327.148,72.

A CJC 2007 Projetos e Construções Ltda., somente nos anos de 2007 e 2008, ganhou cinco licitações que, somadas, chegam a R$ 447.231,29. Só a sede do primeiro andar da Chefia de Polícia Civil, no Centro, custou R$ 132.280,32.

Já a Construtora OCP Ltda. embolsou R$ 662.108,44 em quatro obras. Entre elas está a reforma do 12º e 13º andares da sede da Chefia, que custou R$ 397.328,44. Esta empresa, em 2009, venceu a licitação para reformas do novo prédio da Polinter, no Andaraí, mas o contrato no valor de mais de R$ 900 mil foi anulado.