Governo federal já exonerou mais de 200 neste ano

Números de um balanço sobre demissões no funcionalismo público divulgado pela Controladoria Geral da União (CGU) mostram que 43 servidores foram expulsos da administração pública federal no mês passado, a maioria por corrupção. No acumulado dos primeiros seis meses do ano, as expulsões somam 210, número que só foi menor que o do primeiro semestre de 2007, quando chegaram a 246. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, os números, no entanto, não significam um aumento dos casos de comportamento antiético no funcionalismo público, e sim maior eficácia do sistema de corregedoria do governo federal. “O que havia antes é que não se apurava, não se descobriam os casos e, mesmo quando se descobriam, não se instauravam os processos administrativos e as sindicâncias”, explicou o ministro.

As expulsões foram motivadas, em 70% dos casos, por condutas relacionadas à corrupção, recebimento de propinas, improbidade administrativa ou uso do cargo em proveito próprio, por exemplo. Os 30% restantes estão relacionados a condutas como negligência, abandono de cargo ou indisciplina.

As expulsões relacionadas podem ser de três tipos: demissão, no caso dos servidores concursados ou efetivados que cometem as irregularidades; destituição de cargo público, no caso dos que não são do quadro fixo do órgão, mas ocupam cargos em confiança; ou cassação da aposentadoria, quando a apuração descobre atividades ilícitas de pessoas que já estão aposentadas. (Da Folhapress)