MP vai lançar campanha nacional de para combater cultura da corrupção
O Globo | 10 de dezembro de 2008
Gustavo Goulart l A procuradora de Justiça Denise Tarin, do Ministério Público do estado, anunciou ontem o lançamento da Campanha Nacional do Ministério Público Brasileiro “O que você tem a ver com a corrupção”.
A campanha será lançada em abril, pelo MP do Rio.
Ontem foi realizado o seminário “Rio unido contra a corrupção”, na sede da Endesa Brasil, holding espanhola que engloba a Ampla — empresa distribuidora de energia — e signatária do pacto mundial contra a corrupção, firmado no México, em 9 de abril de 2003. O evento aconteceu no Dia Internacional Contra a Corrupção.
O evento contou também com explanações do presidente do Conselho da Representação Regional da Firjan/ CIRJ no Leste Fluminense, Luiz Cézio de Souza Caetano; da pesquisadora Dilma Pimentel, do Núcleo de Sustentabilidade da UFF; e do diretor de comunicação da Ampla, André Moragas.
Folhetos ensinam a combater a corrupção A campanha tem o apoio do Sistema Firjan e da Associação do Ministério Público do estado (Amperj), entre outras instituições. Denise Tarin é a coordenadora estadual da campanha e tem uma posição bastante clara sobre o tema: — É n e c e s s á r i o m u d a r completamente a visão sobre um conceito que está enraizado na cultura do homem, em especial na do brasileiro, com seu “jeitinho”. É preciso que as pessoas tenham consciência, a fim de dar um basta a essa atitude maléfica. Temos que priorizar o assunto, pois é o elo de todos os setores. A legislação é pouco eficiente nessa questão. Não temos dados que demonstrem a eficácia das autoridades no combate à corrupção — disse Denise.
Folhetos distribuídos durante o evento ensinam a atacar o problema da corrupção, que tem raízes culturais.
Eles sugerem “educar e estimular as novas gerações, mediante a construção, em longo prazo, de um Brasil mais justo e sério”.
Esses mesmos folhetos destacam: “É preciso dar o exemplo”. Outra sugestão é “acabar com a impunidade, ou seja, buscar a efetiva punição dos corruptos e dos corruptores, por meio de um canal real para o oferecimento de denúncias”.
Monitoramento do Pacto
A plataforma de monitoramento do pacto acompanha e orienta o cumprimento do acordo assinado pelas organizações signatárias.