Paulinho se afasta da presidência do PDT-SP

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, pediu afastamento da presidência do partido em São Paulo, durante reunião da Executiva da legenda. Paulinho responde a processo de cassação por suposto envolvimento no caso de desvio de verbas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
» Paulinho tem prova para não ser cassado
» Paulo estaria ligado a BNDES há 3 anos
» Paulinho teria recebido R$ 256 mil
» Opine sobre o processo contra Paulinho

O processo contra Paulinho, por quebra de decoro parlamentar, foi instaurado no último dia 3 pelo presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS). No dia 6, um inquérito contra o deputado foi aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).

O suposto envolvimento de Paulinho no esquema que seria ligado ao BNDES foi apontada durante investigação da Polícia Federal que culminou na Operação Santa Tereza. Paulinho afirma que não tem ligação com os supostos desvios.

Em nota oficial divulgada pelo partido, o presidente nacional da legenda, deputado Vieira da Cunha afirma que o afastamento de Paulinho visa à preservação da sigla e não significa a condenação do deputado, "o que seria inaceitável pré-julgamento".

Segundo o comunicado, enquanto estiverem em curso as investigações sobre possíveis irregularidades na liberação de empréstimos do BNDES, Paulinho também ficará afastado da Executiva Nacional do partido.

"O PDT espera que ao final do processo investigatório recém-autorizado pelo STF fique demonstrada a não-participação do parlamentar nos atos ilícitos apontados pela Polícia Federal, o que ensejará o recebimento do deputado Paulo Pereira da Silva de volta às funções de dirigente do partido das quais ora se afasta", diz a nota.

Carta de Paulinho
O pedido de afastamento foi feito por Paulinho por meio de uma carta enviada a Vieira da Cunha. No documento, o deputado voltou a negar a participação no esquema e diz ser vítima de uma "implacável, insidiosa e perversa campanha de desmoralização pública".

"Recentemente, foi o presidente do PDT e ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi, obrigado a se defender de acusações absurdas e impertinentes, de tal forma que acabou sem necessidade a se licenciar do partido ao qual dava e dá todo o tempo de sua vida. Agora, é comigo. Por quê?", afirmou o deputado.

Redação Terra