Polícia Federal indicia assessora da governadora do RS

A PF desconfiou de Walna por causa de termos utilizados em conversas telefônicas com a representante de uma das empresas investigadas. As gravações também ligaram a assessora da governadora com outros dois indiciados pela Operação Solidária.

O depoimento de Walna Menezes durou cerca de 30 minutos. Ela não respondeu a perguntas por orientação de sua defesa. Segundo o advogado dela, Norberto Flach, não há prova de favorecimento e nem indícios de que ela teria repassado valores.

Outras denúncias

O governo de Yeda tem sido alvo de acusações desde outra operação da Polícia Federal, a Rodin, que investigou o suposto esquema envolvendo fraudes em contratos de prestação de serviços da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) para o Detran, e que causou o desvio de aproximadamente R$ 44 milhões dos cofres públicos, segundo o Ministério Público.

A situação ficou mais complicada depois que a revista Veja divulgou gravações mostrando conversas entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, e o empresário Lair Ferst, um dos coordenadores da campanha de Yeda e réu na Operação Rodin. O áudio indicaria o uso de caixa dois na campanha de Yeda para o governo do Estado.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou, no dia 5 de agosto, ação de improbidade administrativa contra a governadora do Rio Grande do Sul e mais oito pessoas. Na ação, os procuradores pediram o afastamento temporário dos agentes públicos de seus cargos enquanto durar o processo. Eles foram denunciados por enriquecimento ilícito e dano ao erário.